quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Geração de valor diminui problema do lixo

Enxergar o valor econômico do lixo pode ser a senha para a solução de um dos maiores problemas ambientais do século: a destinação adequada para os mais de 2,1 trilhões de toneladas de lixo gerados ao ano pelo homem.


É um mercado e tanto. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no país mais de R$ 8 bilhões em materiais recicláveis foram parar em aterros sanitários e lixões em 2009.

O que explica tamanha fortuna sendo, literalmente, jogada no lixo? De acordo com especialistas, há várias respostas. "O lixo, por sua própria natureza, nunca foi prioridade nas políticas públicas", explica o técnico do Ipea, Jorge Hargrave.

Uma realidade que se reflete nos contratos de concessão do municípios para a gestão do lixo. Focados no transporte e aterro, acabam estimulando as empresas a enterrar lixo sem preocupação com coleta seletiva.

"Muitos prefeitos falam que não há recursos para a coleta seletiva, e eles deveriam ver isso como oportunidade de reduzir gastos", diz o professor Sabetai Calderoni, do Instituto Ambiente Brasil.

Somente no município de São Paulo, segundo ele, mais de R$ 1 bilhão dos R$ 1,2 bilhão gastos ao ano com gestão do lixo poderiam ser economizados com coleta seletiva e reciclagem -menos gasto com transporte e aterros. (...)
 
Leia a íntegra da coluna publicada ontem na Folha em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2610201023.htm