quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Acordos bilaterais sobre o clima avançam

"Sai de cena a celebração de um grande acordo climático em escala mundial; ganham espaço acordos bilaterais entre países, legislações nacionais e a autorregulação do mercado como forças motrizes para a redução das emissões de gases do efeito estufa no planeta.

Essa é a síntese das expectativas majoritárias em relação à reunião de Copenhague (COP-15), em dezembro, na qual os países levarão suas propostas de corte das emissões de gases do efeito estufa em busca de um acordo multilateral para a redução do aquecimento global. Nos últimos dias, após breve intervalo de ânimo gerado por iniciativas como a do Japão, que anunciou metas de redução ambiciosas, ou das manifestações do setor privado cobrando ousadia nas propostas dos governos, as expectativas de sucesso para a reunião de Copenhague voltaram a azedar.

A falta de sinais claros sobre a legislação norte-americana que estabelece tetos para as emissões, cuja tramitação enfrenta forte resistência no Senado, reforçam esse quadro de ceticismo. Assim como declarações de lideranças que participaram das reuniões preparatórias para a COP-15, como a do presidente da Comissão do Clima da ONU, Ivo de Boer, que criticou abertamente a falta de progressos na reunião de Bancoc, realizada no começo do mês.

"Está ficando claro que não vamos chegar a um acordo climático amplo em Copenhague. Nenhuma delegação quer fazer mais do que as outras. E todas procuram mostrar o máximo com o mínimo", resumiu à Folha o economista americano Lester Brown, considerado uma das vozes mais influentes no tema da sustentabilidade." (...)

Confira a íntegra da coluna publicada na Folha em: http://www.abrace.org.br/port/noticias/ler.asp?id=12882

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mercado financeiro ignora onda sustentável

"Há poucas semanas, um manifesto cobrando metas ambiciosas na redução de emissões de gases para a reunião de Copenhague (COP-15), em dezembro, causou surpresa. Não por seu conteúdo, semelhante ao de várias manifestações divulgadas naquele momento, mas pelo ineditismo dos signatários: 181 investidores institucionais de peso no mercado financeiro, que juntos administram mais de US$ 13 trilhões em recursos.

A surpresa veio do fato de os investidores serem um grupo geralmente discreto nesse debate. A velocidade com que a sustentabilidade (na qual a questão climática ocupa hoje papel central) vem sendo incorporada nas estratégias de negócios das empresas, inclusive nos bancos, contrasta com a percepção média sobre o tema no mercado financeiro.

"É um paradoxo. Ao mesmo tempo em que o mercado financeiro praticamente ignora essas questões, o setor produtivo e as cadeias varejistas passam a tê-las como exigências cada vez mais presentes", afirma o professor Ricardo Abramovay, da FEA-USP."Veja o caso da carne rastreada na Amazônia. A decisão das grandes redes varejistas de suspender a compra dos produtos e de instituições como o IFC [International Finance Corporation] de cancelar os financiamentos quase gerou a falência de algumas das empresas envolvidas", afirma. (...)"

Veja a íntegra da última coluna publicada na Folha em: http://www.portaldoeconomista.org.br/noticias/mercado-financeiro-ignora-onda-sustentavel.html

Confira a íntegra do documento citado no começo da matéria em: http://www.ceres.org/Document.Doc?id=495

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Empresas cobram posição do governo sobre meta climática

As últimas semanas foram fartas de manifestações do setor privado sobre a 15ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em dezembro, na Dinamarca, o encontro de lideranças que poderá decidir a velocidade com que o mundo entrará na chamada "economia de baixo carbono" a partir de 2012.

No Brasil, a fila começou a ser puxada no final do mês passado, quando um grupo de 22 empresas encabeçadas pela Vale (entre elas Aracruz, Votorantim, OAS, Grupo Orsa e Pão de Açúcar) lançou a "Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas", manifesto no qual assume compromissos de redução de emissões e cobra do governo um papel de liderança nessa discussão.

Ao documento, concebido em parceria com o Fórum Amazônia Sustentável e o Instituto Ethos, seguiram-se uma série de outros, de conteúdo semelhante, como o do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), assinado por empresas como Bradesco, Gerdau, Nestlé, Philips e Petrobras, entre outras. Ou o da Aliança Brasileira pelo Clima, que teve como signatários 14 entidades representativas do agronegócio e da bioenergia.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) também divulgam nos próximos dias um documento conjunto com a posição oficial da indústria sobre as questões que serão debatidas na COP-15. Tantas manifestações e pedidos de assinatura chegaram a confundir os próprios empresários, que a partir de determinado momento não sabiam mais qual documento estava "valendo" ou qual era o "quente", segundo relatou um deles.(...)

Leia íntegra da coluna publicada na Folha em:
http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/MostraMateria.asp?cod=584668