quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Demissão se torna dilema para empresa "responsável"

(coluna publicada na Folha de S. Paulo no dia 24 de fevereiro)

"O atual estágio da crise financeira global, caracterizado pelos efeitos sobre o lado real da economia, vem gerando um novo dilema para as empresas que se denominam socialmente responsáveis: lidar com as demissões coletivas.

O tema é controverso. É socialmente responsável, por exemplo, a empresa que demite seus funcionários apenas para alcançar determinada meta de crescimento nos lucros? E aquela que demite para poder continuar sobrevivendo, garantindo dessa forma emprego e renda dos trabalhadores que ficam?

De um lado, centrais sindicais -e setores do governo no Brasil e no exterior- alegam que, após tantos anos de resultados positivos e crescentes nas empresas, não parece justo que os empregados paguem a conta da crise.

Os empresários, por sua vez, argumentam que demitir é custoso sob todos os aspectos, mas que, em alguns casos, é impossível fazer os ajustes necessários sem esse tipo de medida.

Como pano de fundo, um cenário sombrio para o emprego no mundo. Na previsão mais pessimista, fala-se de até 50 milhões de novos desempregados no planeta até o fim deste ano, desde o agravamento da crise, em setembro passado. No Brasil, demissões coletivas em grandes empresas são cada vez com mais frequentes.

Some-se a isso a importância crescente do tema da responsabilidade social no mundo corporativo e o quanto isso foi alardeado ao público nos últimos anos, via marketing e propaganda. Entre os principais conceitos da responsabilidade social empresarial, está justamente o modo como uma empresa se relaciona com os seus diferentes públicos, entre os quais os seus próprios funcionários. (...) "

Leia a íntegra em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u508657.shtml