(coluna publicada na Folha de S. Paulo no dia 24 de fevereiro)
"O atual estágio da crise financeira global, caracterizado pelos efeitos sobre o lado real da economia, vem gerando um novo dilema para as empresas que se denominam socialmente responsáveis: lidar com as demissões coletivas.
O tema é controverso. É socialmente responsável, por exemplo, a empresa que demite seus funcionários apenas para alcançar determinada meta de crescimento nos lucros? E aquela que demite para poder continuar sobrevivendo, garantindo dessa forma emprego e renda dos trabalhadores que ficam?
De um lado, centrais sindicais -e setores do governo no Brasil e no exterior- alegam que, após tantos anos de resultados positivos e crescentes nas empresas, não parece justo que os empregados paguem a conta da crise.
Os empresários, por sua vez, argumentam que demitir é custoso sob todos os aspectos, mas que, em alguns casos, é impossível fazer os ajustes necessários sem esse tipo de medida.
Como pano de fundo, um cenário sombrio para o emprego no mundo. Na previsão mais pessimista, fala-se de até 50 milhões de novos desempregados no planeta até o fim deste ano, desde o agravamento da crise, em setembro passado. No Brasil, demissões coletivas em grandes empresas são cada vez com mais frequentes.
Some-se a isso a importância crescente do tema da responsabilidade social no mundo corporativo e o quanto isso foi alardeado ao público nos últimos anos, via marketing e propaganda. Entre os principais conceitos da responsabilidade social empresarial, está justamente o modo como uma empresa se relaciona com os seus diferentes públicos, entre os quais os seus próprios funcionários. (...) "
Leia a íntegra em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u508657.shtml